DA DEGRADAÇÃO À ELITIZAÇÃO: PROCESSOS DE EXCLUSÃO SOCIAL E AMBIENTAL EM BELÉM

Autores

  • Ana Cláudia Duarte Cardoso
  • Thales Barros Miranda
  • Patrick da Costa Rocha

DOI:

https://doi.org/10.36882/2525-4812.2017v2i7p%25p

Resumo

Este texto aborda a forma como diferentes racionalidades consideram os espaços públicos/ verdes na área de expansão de Belém, destacando que os espaços naturais funcionaram no passado como espaços de produção, sociabilidade e lazer para a população assentada segundo as lógicas vernácula e informal, e como a racionalidade industrial de empreendimentos públicos e privados não foi capaz de compreender isso e oferecer espaços públicos ou áreas verdes equivalentes às áreas perdidas por supressão de vegetação e contaminação dos rios decorrentes do avanço da urbanização formal. Ao contrário, tem havido redução da importância da dimensão pública e maior confinamento da população pobre em suas unidades habitacionais. Procura-se mostrar a partir de mapas, levantamentos de campo e entrevistas, o quanto a degradação ambiental afeta os grupos sociais de forma seletiva e diferenciada, o quanto esse assunto se constitui em um ponto cego para a política urbana brasileira, e que no contexto amazônico há demanda por forte convergência das políticas urbanas, ambientais e sociais.

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Publicado

2017-11-29

Edição

Seção

Artigos