REVISITANDO O COTIDIANO: BELÉM NA MEMÓRIA DA GERAÇÃO DE 1930

Autores

  • Alexandre Martins de Lima

DOI:

https://doi.org/10.36882/2525-4812.2013v1i3p%25p

Resumo

Até as primeiras duas décadas do século XX, Belém vivia sob os auspícios da economia gomífera. Contudo, a perda da hegemonia na produção da hévea para os seringais do Oriente imputou à região amazônica um intenso rearranjo econômico e social. Este câmbio conjuntural trouxe consigo a impressão de perda da riqueza e do fausto da Belle Époque, de retrocesso, difundindo no imaginário da população belenense uma espécie de “ideologia da decadência”. Mas o declínio da produção gomífera cedeu espaço para outros extrativos – como a castanha – e para uma economia urbana alavancada por indústrias que se estabeleciam no bairro do Reduto, além do comércio de bens e serviços. Surge então uma nova “modernidade”, compelida por outras forças motrizes que instauraram uma nova conjuntura socioeconômica e urbana em Belém, mantendo, porém, muito da fisionomia e dos ícones urbanos que consubstanciavam territórios estabelecidos por grupos hegemônicos. Isto posto, o presente trabalho busca resgatar e interpretar as imagens e o cotidiano de Belém a partir dos relatos orais da geração de 1930, relatos estes que se contrapõem à suposta decadência da capital paraense.

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Publicado

2016-05-24

Edição

Seção

Artigos